Música de violino acordou homem de coma em Curitiba

A música tem poderes que ainda desconhecemos. Em Curitiba, a música foi capaz de acordar um marceneiro que estava em coma havia 3 dias. Ele relatou que retomou a consciência ao ouvir o som de um violino. O instrumento realmente estava sendo tocado por uma voluntária do hospital, e ele acordou ao ouvir sua música. O fato foi registrado em reportagem da RPC.

Trascrição da reportagem

Um som capaz de resgatar a vontade de viver. Em um hospital de Curitiba, os acordes de um violino dão conforto aos pacientes e podem ter ajudado, inclusive, a acordar um homem que estava em coma.

No corredor do hospital o reencontro, uma visita de agradecimento.

[O paciente e a violinista se encontram e conversam]
— Que lindo, olha!
— A gente vê que a música não é só um alento, mas sim uma forma de chamar as pessoas de volta pra vida.
— É verdade.

E o Derli testemunhou, sentiu a força desse chamado. Semana passada ele ficou três dias em coma por causa de um problema no fígado e despertou com o violino da Íris. O marceneiro de 49 anos já \”tava\” se entregando.

\"Música

[DERLI ALVES DO AMARAL – Marceneiro – conversa com o repórter]
— E a partir daquele momento que eu ouvir aquela música eu tive uma vontade de saltar para cima.
— O que você tem a dizer pra Íris hoje.
— Ah, eu sou muito grato à Íris, realmente só Deus que pode recompensá-la.

[ÍRIS KNOPFHOLZ – Musicista – conversa com o repórter]
— Eu fico muito feliz de saber que aquilo que eu posso doar pode resgatar a vontade que alguém tem de viver. Isso é uma coisa que não tem dinheiro que possa pagar.

A medicina explica. A boa música reduz o estresse, melhora o nível de consciência dos pacientes.

[JULIANO GASPARETTO – Diretor do hospital – conversa com o repórter]
— Tudo isso facilita essa mudança de ambiente. O ambiente do hospital, que tende a ser frio, fica mais acolhedor.
— E isso apressa a recuperação?
— Apressa a recuperação, e foi isso que aconteceu no caso dele.

[WILSON KIRSCH – Repórter apresenta o ambiente do hospital]
— A íris e seu violino já estrearam no hospital numa boa ação. Ela foi convidada e aceitou tocar no casamento de um paciente internado com câncer no estado terminal. Ele acabou morrendo tempos depois da cerimônia que foi realizada nessa capela. O gesto emocionou todo mundo.

[NILZA BRENNY – Coordenadora do voluntariado – fala com o repórter]
– Foi uma tarde onde hospital inteiro se mobilizou, pra gente poder fazer esse grande momento pro paciente, que tanto queria realizar o sonho.

[Íris comenta]
— Nossa! Foi muito emocionante. O noivo estava emocionado, a noiva, os filhos dos noivos, os enfermeiros, todo mundo em prantos, né?

Ali mesmo a Íris recebeu o convite para se tornar voluntária no (Hospital) Cajuru. E de lá pra cá, duas vezes por semana seus acordes ecoam pelo hospital, num solo de generosidade.

[GILBERTO PERALTA – Paciente – fala para o repórter]
— Ah, o som deu diferente, não daquele do ambiente de hospital, entende? Então eles te atraem, e é muito bonito isso aí.

[ROBERT DEBERNARDI – Paciente – conversa com o repórter]
— A música, é muito bom de ouvir.
— Faz bem, né?
— Faz muito bem, a música, muito bom. Ainda mais ela no violino, né?

[Íris conclui]
— Isso é uma força, isso uma potência muito grande, entendeu? E poder fazer parte dessa força motriz que retira as pessoas daqui e leva de volta pra casa é uma missão! É uma missão…

Link para assistir a reportagem: https://globoplay.globo.com/v/6828784/

Mais pessoas acordam de coma por causa da música

A notícia foi reportada em diversos jornais pelo país afora, como nos portais G1 e Alagoas 24 Horas. No entanto, o fato não é inédito, o Maestro Paulo Torres já havia presenciado uma cena semelhante há mais de 25 anos atrás. Veja o relato abaixo.

\"Maestro

O momento em que os olhos de uma menina se abriram mudou a vida do maestro Paulo Torres, violinista da Orquestra Sinfônica do Paraná. Na ocasião, ele foi a um hospital de Curitiba visitar uma tia doente e, para acalmá-la, ficou tocando violino. A música atraiu outros pacientes que se juntaram no corredor para ouvi-lo. Alguns pediram que ele fosse de quarto em quarto para tocar para eles.

\”Naquela época, eu ainda era meio tímido. Fiquei pensando se devia mesmo fazer\”, lembra. Em um dos quartos que entrou, havia uma menina, aparentemente dormindo. Após algumas notas, ela despertou e a mãe se desabou a chorar. Médicos e enfermeiros invadiram a sala. \”Achei que tinha feito algo errado e comecei a me retirar. Foi quando a mãe da menina me segurou pelo braço, ainda chorando, e disse que ela estava em coma havia três anos\”, conta o maestro.

A cena aconteceu há cerca de 20 anos, em um hospital que sequer existe atualmente. Desde então, Paulo Torres faz apresentações em vários hospitais da cidade. \”Naquele momento, senti que Deus queria que eu fosse um instrumento para as pessoas\”, pontua. Mesmo com o acúmulo de funções – além da OSP, ele também leciona na Pontifícia Universidade Católica, onde foi um dos criadores do curso de Música, é escritor e palestrante – ele mantém o hábito de ir aos hospitais tocar para os doentes.

Fonte: G1 PR

Realmente impressionante o poder que a música tem para a saúde e bem-estar da humanidade. Continue praticando frequentemente e apreciando boas músicas. Quem sabe a próxima boa notícia relacionada à música venha de você. 😉


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